domingo, 1 de junho de 2014

A composição das cervejas

Basicamente as cervejas são compostas por quatro ingredientes: água, malte, lúpulo e a levedura.

A água: deve apresentar elevado grau de pureza. Para diversas cervejas artesanais, a água utilizada na produção é obtida a partir de fontes naturais.

O malte: é obtido a partir do umedecimento dos grãos a ponto de iniciarem a germinação, seguido de secagem ou torrefação. Os grãos utilizados são de cevada, podendo apresentar um percentual dos grãos de trigo, aveia, arroz ou milho. As cervejas mais escuras, geralmente passam pelo processo de torrefação do malte.

Para a grande maioria das cervejas produzidas no Brasil, o malte utilizado é o de cevada. Entretanto, há outros estilos de cerveja que contém maltes de aveia e/ou trigo. 

No Brasil, os maltes de arroz e milho tem sido empregados em torno de 45% para a produção de cervejas mais populares (por exemplo: Brahma, Skol e Antartica), por serem mais baratos e facilmente fermentados. Mas os maltes de arroz e milho produzem cervejas pouco encorpadas e  muito adocicadas, contrariando o paladar de muitos apreciadores de cerveja (Link)

O lúpulo: é responsável pelo amargor característico da cerveja. Há vários tipos de lúpulos, podendo variar entre o herbal, o frutado, o floral e o condimentado, de acordo com o estilo de cerveja em questão. Seu nome botânico é Humulus lupulus e é "prima" da Cannabis Sativa (a maconha).

Uma das funções do lúpulo é balancear o sabor adocicado do malte. Além de atuar como conservante impedindo que a cerveja azede e apresentar efeito relaxante.

A planta trepadeira que dá origem ao lúpulo é muito sensível ao clima e infelizmente a tentativa de produção nas Serras Gaúchas brasileiras não logrou sucesso. Alemanha, Estados Unidos, China e República Tcheca são responsáveis por cerca de 80% do lúpulo produzido mundialmente.

A levedura: é um fungo conhecido como Saccharomyces. Durante o processo fermentativo, ela é responsável pela transformação dos açúcares fermentáveis (presentes no mosto), como a maltose, de modo a produzir álcool e gás carbônico.

As leveduras ainda podem ser divididas em leveduras de alta (entre 15-25°C) e de baixa fermentação (entre 9-15°C), de acordo com o estilo de cerveja produzido.

Após a cerveja ser produzida: ela ainda pode continuar o processo de fermentação na garrafa, no caso de cervejas mais fortes e encorpadas. Algumas cervejas podem ser filtradas e outras conservam a leveduras utilizadas durante a fermentação, na garrafa (por exemplo: as cervejas de trigo).

Infelizmente, principalmente no caso das cervejas mais populares (por exemplo: Brahma, Skol e Antartica), estas passam por um processo de pasteurização (aquecimento seguido de resfriamento rápido), que aumenta durabilidade da cerveja de 30-60 dias para 180 dias. No Brasil o que chamamos de "Chopp" é na verdade a cerveja não pasteurizada, enquanto que a cerveja na garrafa é pasteurizada. 

A pasteurização é somente empregada em cervejas populares e/ou geralmente de baixa qualidade, porque o processo de pasteurização destrói vários nutrientes responsáveis pelo sabor e frescor da boa cerveja. Cervejas artesanais e especiais não são pasteurizadas e poucas são filtradas.

Infelizmente, para este assunto ser abordado de forma mais completa seriam necessárias muitas páginas, deixando o post exaustivo. Para maiores informações recomendo o livro do link abaixo.

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